MUHIKOTHIHE
A SUGESTAO SOCIAL: um novo método para escolha de heróis nacionais

A sugestão é um conceito amplamente usado na Psicologia Social. Este fenómeno é referenciado como um comportamento que se manifesta por influência voluntária ou involuntária de terceiros. É esta situação, que temos vindo a viver nos últimos tempos (em Moçambique e no mundo).
E, por meio dela, o povo vai chamando atenção a necessidade de se adoptar novos paradigmas de definição de heróis nacionais. O entendimento que se tem no seio das massas, embora o critério da maioria proposto por Sigmund Freud tenha sido relegado ao desuso, é de que o conceito de herói não deve, “não, nunca e jamais”, como dizia um velho professor (RIP), ser propriedade privada de um grupinho de pessoas.
Aliás, ser herói no entendimento popular, não pode ser vinculado, exclusivamente, a quem tenha pegado azagaias ou espingardas para defender-libertar-defender a Pátria contra a ocupação de colonizadores ou da invasão externa. Essa mensagem tem sido copiosamente repetida, mas ninguém se digna em ouvir.
O povo que sabe tomar decisão sem consultas, já que lhe devem consultas, adoptou o seu próprio método para ir definindo e consagrando heróis marginais e marginalizados. Não sou eu que declaro e ninguém entre nós é capaz de esclarecer como se mobilizaram as pessoas para participar no velório de Mahamudo Amurane, em 2017, de Afonso Dlakhama, em 2018, de Daviz Simango em 2021,de Juma Aiuba, em 2021, de Adelino Ivala, em 2022 e, nesta segunda semana de Março de 2023, quando de forma histérica o povo de todo Mundo decidiu, histericamente, declarar o AZAGAIA, como cidadão do “tempo moçambicano no mundo”, na linguagem de severino Nguenha e, consequentemente, património social.
Em função do que fui vendo pelas redes sociais e nos vários meios de comunicação social me percipitei a concluir que, o povo está passando uma mensagem forte sobre a emergência de um novo paradigma na definição e concepção de heróis nacionais, ao mesmo tempo que expressa uma crise do paradigma vigente. Reparei que o sentimento e a vontade de heroicizar o Mano AZAGAIA era, é e será de todos segmentos da sociedade e, sobretudo, no seio das forças de defesa e Segurança. Sim, reparem que a prontidão com que assumiram ou vão assumir para reprimir os que ousarem manifestar em homenagem ao “VENCEDOR DAS CAUSAS PERDIDAS”, parece-me ser uma clara participação na marcha, que o condigo de conduta os proíbe fazer voluntariamente. Posso estar enganado, mas imagens de polícias gritando e filmando os coros de “Povo No poder”, não vão deixar-me mentir neste texto.
É facto, a sugestão social pode ser uma dica verbal ou não verbal, pode ser positiva ou negativa. Essa dica orienta conversas e outras interações sociais. Dai que, aqui na 5perola do Índico se propõe como novo método a usar na definição de herois nacionais. Muhikothihe
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