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Lei de inclusão não é suficiente para combater discriminação, diz Adelaide Marques

Adelaide Marques, graduada em direito e especializada em Conservatória dos Registos e Notariado, actualmente professora da Escola Primária Completa dos Belenenses, afirma que a escassez de vagas de trabalho e a discriminação ainda representam obstáculos para indivíduos com deficiências físicas, mesmo com a existência da lei de inclusão da pessoa com deficiência, a discriminação persiste.
A nossa entrevistada partilhou, uma experiência marcante de sua vida recente. Ela relembrou o momento em que foi discriminada em um emprego devido à sua condição física, um acontecimento que a afecta emocionalmente até os dias actuais.
Adelaide relatou que, devido à sua saúde debilitada, perdeu algumas oportunidades de emprego, no sector da justiça, mesmo tendo o perfil adequado. Ela mencionou que depois do impedimento tentou interagir com o ex-presidente moçambicano, na altura Armando Guebuza, porém não obteve êxito.
“Tenho graduação em direito e especialização em direito notarial, realizada no Centro de Formação Judiciária. No entanto, ao buscar oportunidades de emprego, não obtive sucesso e acabei tentando diversas alternativas, inclusive contactando o Presidente da República na época, Armando Guebuza, sem obter resposta. Mas como eu já vinha de outro ministério, neste caso o Ministério da Educação, estou lá até então”.
Segundo ela, ainda é comum encontrar indivíduos com pensamentos preconceituosos, que discriminam pessoas com deficiência mesmo com a existência da lei de inclusão. Além disso, a professora diz que continua a faltar acesso a equipamentos adequados no ambiente de trabalho dificulta a inclusão. “Por exemplo, pessoas com deficiência visual não têm acesso ao braille, e pessoas com deficiência auditiva encontram obstáculos no mercado de trabalho”, diz advogando para que se ofereçam melhores condições de trabalho aos deficientes.
A professora Adelaide Marques falava ao Rigor recentemente durante as celebrações do 1º de Maio, dia do trabalhador. Elina Eciate
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