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Órfãos de policias buscam inserção na corporação para lutar contra o crime em Nampula

Crianças órfãs de agentes da lei e ordem em Nampula, solicitaram um plano na corporação que possa facilitar a integração na PRM no futuro, visando contribuir para o combate à criminalidade.
O desejo das crianças foi expresso pelo menino Ivan Abel, que aparenta ter 13 anos, cujo pai era um agente de polícia antes de falecer. O menino reconhece que não é simples combater o crime, porém ressalta que é essencial haver esforços por parte da polícia para garantir que os filhos dos antigos agentes de polícia sejam integrados na corporação e possam dar seguimento ao legado deixado por seus pais.
“O gesto de hoje revela o reconhecimento das contribuições dos nossos pais que deram em prol do combate a criminalidade. Queremos pedir ao papa António Bachir, para que quando formos grandes nos colocar para dar continuidade esta nobre missão de continuar o combate à criminalidade” pediu o menino, num discurso dos filhos dos antigos membros da polícia falecidos.
Os filhos de membros falecidos da Polícia da República de Moçambique foram convidados no último final de semana para receber uma cesta básica constituída por produtos de primeira necessidade. Ao todo, 30 crianças foram beneficiadas com a doação, que fazia parte das comemorações da quinzena da criança, realizada de 1 a 16 de Junho.
Em nome do comandante provincial da PRM em Nampula, Gilberto Nergio Inguane, o qual é o Director da ordem e segurança públicas, garantiu que o desejo das crianças será atendido, ao acreditar que elas representam o futuro do país.
“Interessa-nos bastante fazer o acompanhamento destas crianças e estamos sempre prontos para apoiar e acompanhar. Ouvimos a mensagem das crianças que pedem que possamos acolher elas no futuro nas fileiras, elas são a continuidade da PRM e não há dúvidas, a continuidade da PRM está nos nossos filhos”, disse Gilberto Inguane.
O Director da Ordem acredita que o destino das crianças está directamente ligado ao presente, ou seja, aos valores que lhes são transmitidos, por isso incentivou os encarregados de educação das mesmas a oferecerem boas orientações visando o seu futuro.
“As crianças possuem um cérebro em desenvolvimento, ainda sem conteúdo, sem informações, e somos nós, os adultos, os responsáveis, pais e a sociedade, que inserimos dados nesse espaço em branco. Portanto, o que inserimos ali, molda o futuro do indivíduo. Se introduzirmos violência nesse contexto, teremos uma criança violenta no amanhã”.
A Polícia de Nampula manifestou preocupação com a situação de crianças envolvidas em uniões prematuras e engravidam antes de completarem 18 anos, um fenómeno que tem sido frequentemente registado na província de Nampula. Por isso, instou os pais e/ou encarregados de educação a cuidarem bem dos menores, e destacou a importância da educação como prioridade para as crianças.
Gilberto Nergio Inguane destacou que, dentre todos os envolvidos nessa união prematura, a pessoa mais afectada é a rapariga, e afirmou ser essencial que, antes de se casar, ela tenha como prioridade a sua própria identidade e estabilidade financeira. Vânia Jacinto
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