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Pedrito Cambrão alerta para a fuga de cérebros da ciência para a política

O sociólogo de moçambicano, Pedrito Cambrão, diz estar preocupado com a migração de Doutores de diversas áreas do conhecimento da ciência para se envolverem em causas político partidárias, assumindo cargos de gestão administrativa em entidades estatais e Organizações Não Governamentais, em desvantagem de sua formação académica.
Pedrito Cambrão afirma que, além de se dedicar à política partidária, alguns doutores optam por permanecer no exterior após concluírem seus estudos, o que está relacionado à falta de valorização que o Estado concede à área de pesquisa científica, levando ao abandono de poucos Doutores.
“Alguns indivíduos que obtiveram doutorado e poderiam estar liderando equipes de pesquisa acabam por se envolver em actividades políticas partidárias, assumindo funções administrativas em instituições públicas ou realizando consultorias em Organizações Não Governamentais. Poucos são aqueles que efectivamente conduzem pesquisa na área para a qual foram capacitados”, destacou o Cambrão.
O docente PhD afirma que, infelizmente, a pesquisa e a extensão enfrentam diversos obstáculos, como a escassez de recursos financeiros adequados, a necessidade de aprimoramento na qualidade dos resultados da pesquisa, a efectivação da monitoria da execução e divulgação dos resultados, a definição institucional de conduta ética, a eficácia na gestão administrativa e financeira de projectos e nos mecanismos de prestação de contas, dentre outros desafios.
Ademais, não apenas os profissionais com doutorado ou professores estão indisponíveis para coordenar equipes de pesquisa, mas também os docentes e investigadores juniores, que deveriam actuar como auxiliares de pesquisa, não estão presentes.
De um lado, os professores estão sobrecarregados com muitas turmas para ensinar, enquanto do outro lado, falta motivação para a pesquisa, ao optarem por mudar frequentemente de instituição para dar aulas, visando maiores benefícios financeiros.
“Infelizmente, a investigação e a extensão enfrentam vários desafios, a falta de financiamento a altura, a melhoria da qualidade do produto da investigação, a efectivação do controlo de execução e disseminação de resultados, a definição institucional da conduta ética, a eficiência na gestão administrativa e financeira de projectos e nos mecanismos de prestação de contas. Para além destas limitações, comuns ao resto do mundo, também temos o desafio da pouca valorização da investigação científica”. Raufa Faizal
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