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Peões de Nampula protestam contra falta de segurança na Avenida do Trabalho

Peões utentes da Avenida do Trabalho em Nampula, especialmente no troço entre o Centro de Saúde Primeiro de Maio e a conhecida Padaria de Nampula, denunciam a ausência de segurança devido à ocupação quase total dos passeios para fins comerciais.
Além do facto de os comerciantes ocuparem os passeios, os peões reclamam do constante desrespeito dos transportes públicos que fazem paragens irregulares, muitas vezes parando onde querem sem seguir os pontos pré-determinados, aumentando o risco de acidentes e assaltos frequentes.
Segundo os peões entrevistados, os criminosos esperam o momento de maior movimento e confusão para cometerem seus roubos.
Lembre-se de que anteriormente, numa tentativa de resolver o problema, o ex-autarca, Paulo Vahanle, ordenou a remoção dos referidos vendedores, no entanto, a acção não foi eficaz, pois com o início do novo mandato os comerciantes retomaram e ocuparam os passeios, resultando em novos atritos entre comerciantes, peões e transportadores semi-colectivos.
Guilherme Vasco, residente na cidade de Nampula, é um dos cidadãos que costuma usar a Avenida do Trabalho para sair e voltar para casa, afirmou que, ao percorrer a avenida, está consciente dos perigos que podem surgir.
“Considerando que os comerciantes buscam formas de sobrevivência e que o município cobra taxas diárias, é importante que o conselho autárquico designe regularmente fiscais para fiscalizar o trânsito e assegurar que entre as barracas improvisadas haja espaço para a passagem dos utentes da via” pediu Guilherme Vasco.
Por outro lado, Carlos Faquira Assane, um peão, mostrou-se descontente com a falta de acção da autarquia em garantir a segurança dos cidadãos locais. “O Conselho Municipal precisa abrir novos mercados e oferecer suporte às pessoas, isso sim seria algo positivo”, argumentou Carlos Faquira Assane.
Entretanto, os comerciantes estão extremamente satisfeitos, mesmo sabendo dos perigos que enfrentam de um lado devido às acções da autarquia e de outro lado pelos riscos envolvidos ao longo da estrada.
Mussito Chabane, um rapaz de 25 anos que trabalha como vendedor de melancias, comentou que não tem outra opção, devido à escassez de clientes nos mercados. Segundo ele, a falta de clientes é clara longe da estrada. Ele explicou que não vendem nos mercados, pois se forem, as pessoas que os conhecem não os procuram lá. Mesmo com as medidas administrativas impostas pelo município para a retirada, a actividade continua.
“Já nos pediram para sair e afirmamos que não possuímos um destino certo. No entanto, mesmo assim, pagamos a taxa diária de dez meticais sem compreender o motivo dessa cobrança”.
Elias Pedro, vendedor de tomate na Avenida do trabalho, na entrevista mencionou ter iniciado as vendas neste ano e afirmou que nunca sentiu nenhuma interferência das autoridades locais. “Comecei a vender este ano e, até agora, o Conselho Municipal não se manifestou.”
O outro comerciante, que responde pelo nome de Carlos Assane, vendedores de bananas que também se sustenta com a ajuda deste local, e com três anos de experiência, relata: “Até o momento, durante este novo período de mandato, não fomos expulsos, fomos orientados a permanecer aqui, mas não temos certeza do que acontecerá nas próximas eleições. Já estamos a pagar a taxa diária há uma semana. No passado, já perdemos nossa mercadoria devido a uma expulsão feita pelas autoridades municipais, e já estamos acostumados a vender aqui, por ser onde as pessoas compram nos mercados e não há concorrência. Losangela Mussa
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